Olhar com atenção, deixar nossa criança olhar pela janela e perguntar para.
ela o que que ela tá vendo. Processo, procedimento, maneira, método.
empregado para se fazer alguma coisa. Oi oi, eu sou Nathan Milléo Gualda. E eu sou Nathalia.
Garcia. Hoje vamos conversar com artista e jornalista Daniélle Carazzai.
uma pessoa muito importante aqui com a gente, a Daniélle já teve muitos dos seus textos.
publicados em livros, revistas e jornais. Ela é também uma artista aesthetic que trabalha com.
cerâmica e pinturas no Brasil e no outside. E agora em setembro ela vai lançar o primeiro livro.
de contos dela que chama “” Aqui Tudo é Pouco”” pela Editora Arte-Letra.
Bom Dani, muito obrigada.
por estar aqui. Eu que agradeço. Bem vinda. Tô bem feliz também. Pra começar eu queria.
muito te perguntar um pouquinho da sua trajetória brevemente, mas basicamente como.
que começou esse seu interesse pelas suas, pelos seus ofícios assim, na sua vida. Você teve.
alguma coisa no entorno da sua infância, enfim, o que que te estimulou é para ir para esse lado.
mais criativo, artístico? Bom a escrita e as artes visuais para mim entraram em tempos diferentes,.
a escrita me acompanha desde a infância, eu age uma criança muito quieta e adorava.
escrever e sempre escrevi, sempre li, então dizem que escritor só nasce depois que ele é.
leitor, né? Então eu ia muito e por isso também escrevia bastante. E as artes visuais entraram de.
uma maneira inesperada, eu nunca fui bom em nada manualmente, eu nunca fiz arte. Mas eu adorava arte, eu ia a museus e tudo mais. E já na vida adulta, quando eu tinha 40 anos eu tirei férias, fui para o Uruguai e lá eu entrei no museu que tava vazio chamado Torres Garcia e lá tinha uma exposição da Eva Dias Torres, que é neta do Torres Garcia, que dá nome ao museu e lá tinha uma exposição de cerâmica e tinha um.
vídeo super bacana dela fazendo a cerâmica com fogo, uma coisa maravilhosa, e eu fiquei lá vendo.
Eu vou fazer. Você fez cerâmica pela a primeira vez depois dos 40 anos Que maravilhosa! Sempre há tempo e deu certo.
Nada. E a pintura também veio depois?
meio junto com a cerâmica assim, porque no lugar onde eu estudava também tinha aula de pintura,.
eu comecei a fazer as duas coisas meio juntas. E aí deu certo.Eu adorei
isso, olha vou pensar seriamente em começar a fazer cêramica também, me aventurar em outras coisas. Apesar de você ter descoberto tarde, porque as vezes é nosso tempo de descoberta, das nossas vocações, não são na infância, mas você.
tem que- eu acredito assim nessa predisposição nessa vocação que eu acho que é o que acontece.
no seu caso, por mais que às vezes a gente demore para descobrir que a gente tem uma predisposição.
por aquilo. As vezes a gente acha que não, né? Até porque não teve estímulo, então eu acho amigo que.
se você não tiver talento … E a gente está sempre em movimento, né? A gente tá sempre se transformando.
Daniélle, eu queria trazer agora uma outra questão, a gente vive. A conectividade, o celular, o tempo rápido, a produtividade acelerada. Então a gente vê que as novas gerações, as gerações que estão vindo elas são muito estimuladas por.
gerações pelo prazer da escrita, pelo prazer da leitura, pelo prazer do trabalho manual, que é .
outro tempo. É um pace que muitas dessas crianças que estão nascendo, elas não conhecem. Então como.
a gente mostra para ela o prazer e o quanto isso pode ser transformador na vida delas? Eu acho que.
muito dessa transformação é esse pace que a gente está falando, que é o tempo de criar o tempo de.
pensar, de olhar para as coisas de uma outra forma, ele é o pace da natureza, ele é o pace natural.
da gente, então eu quando fui morar- eu depois de tempo eu fui morar numa área rural, então.
eu vivo na área country, eu planto minha comida, eu tenho uma relação muito strong suit com a natureza, mas isso.
aconteceu muito tarde na minha vida e eu percebo que hoje eu trabalho e eu me relaciono no pace.
da natureza.Quando é inverno
eu tô mais fechada, quando é verão eu tô mais aberta, eu crio mais. Quando. eu tô mais introspectiva … então eu, o meu tempo é o pace das estações, da natureza. E eu acho que.
a criança estar em contato com a natureza e a gente estimular esse olhar dos tempos das coisas,.
como é que as coisas acontecem como é que a árvore da fruto nessa estação depois ela não dá.
mais, depois ela dá, você externalizar isso. Você estimular a criança a escrever, a pensar sobre.
isso, ontem até eu vi uma palestra muito legal uma fala do Rodrigo Ohtake, ele falando que o pai.
dele, quando ele period criança, o pai dele levava ele para passear, ele period muito pequeno,.
e falava assim “” Quanto é que você acha que tem esse pé direito?”” e ele criança, pequeno, falava.
“” Ah, não sei””. Ele já tinha uma noção de proporção, porque o pai dele é arquiteto e tudo mais, e aí ele o. pai dele ia conversando com ele “” Mas você gosta disso?” “” “Porque que você gosta daquilo?”” e ele ia.
estimulando ele a pensar, e ele conto que naquela época ele demorou muito tempo para entender porque que o.
pai dele perguntava essas coisas para ele, e aí ele entendeu que o pai dele tava aguçando a percepção.
dele sobre o mundo, que a gente tem que olhar para as coisas, olhar com atenção para todas as coisas.
do mundo, sabe? E acho que é pouco isso assim, a gente estimular as crianças a olharem para.
o mundo.O Ignácio de
Loyola Brandão também me falou uma coisa muito interessante, que quando ele.
trabalhava num jornal, ele perguntou para o Nelson Rodrigues como é que ele tinha criatividade para.
todo dia fazer uma crônica nova e ele falou “” É só olhar pela janela””. Ai que lindo! Então são essas.
coisas, eu acho que é muita gente deixar nossa criança olhar pela janela e perguntar para ela.
o que que ela tá vendo, sabe? Eu acho que a gente não pode perder a intuição, sabe? Intuição é uma.
coisa very importante, porque a intuição que cada de nós tem, ela tá baseada no repertório.
que a gente tem e tudo que a gente aprendeu, tudo que aconteceu na nossa vida.Quando a gente
faz uma coisa intuitivamente, que você acha que é intuitivo você tá fazendo arte lá e tá fazendo negócio.
que parece intuitivo, não é só intuição que tá lá, tá lá todo o teu conhecimento, tudo que você.
aprendeu desde a escola, o que tua mãe te falou, o que você viu na rua, tá tudo ali. Então as vezes.
é a arte ela não é só o que você tá construindo como conceito, a história que você tá contando, é.
também a narrativa do mundo porque fazer arte é documento do mundo, né? É um documento que.
diz qual é o seu pace e quais são as questões importantes do teu tempo, né? Então é muito assim, a.
arte ela diz para você, ela te incomoda de alguma maneira, ou você acha boa ou você acha ruim aquela.
arte, mas de alguma forma ela provoca alguma coisa em você que ela te faz pensar, né? Então acho.
que é muito importante a intuição assim, a gente deixar essa intuição viva desde a infância.
assim, eu acho que a intuição é bem importante.Que lindo, Dani.
Arte como documento do mundo, né? Muito lindo. Quero agradecer muito a sua presença, todas essas essas questões, esses pensamentos que.
Obrigada. É eu quero uma cópia já.
boa sorte mesmo, parabéns pela artista que você é. Muito obrigada. E bom pessoal se vocês quiserem ficar por dentro do.
que a gente vem fazendo, é só acompanhar nossas redes sociais @montenegroproducoes e no próximo episódio vocês.
vão acompanhar papo sobre o lúdico com a Amábile Marton,.
espero vocês lá.Até mais
! Até lá!.