Pensamento criativo: como aumentar os pontos para conectar

Imagine que você está com fome e tudo o que tem em casa é um coco, um pouco de arroz e um ovo. Se você não tem ideias nem pensamentos criativos, provavelmente comeria o ovo cru com o arroz não cozido enquanto olha para o coco.

Por outro lado, se você tiver lembranças de seu pai quebrando o coco e de sua mãe fervendo o arroz, seu cérebro poderá conectar os pontos e formar uma nova ideia criativa. Você ferve o arroz na água de coco, depois o frita com o ovo e acrescenta flocos de coco.

Voilá! Aproveite a sua refeição! Criatividade é a nossa capacidade de olhar para um problema e encontrar uma solução eficaz para resolvê-lo. Uma vez que entendemos isso, percebemos que a criatividade não tem nada a ver com a área de atuação, o trabalho ou o que estudamos. Existem inventores e artistas criativos, mas também existem faxineiros muito criativos e professores altamente criativos. Pessoas que admiramos por sua criatividade, muitas vezes apenas conectam ideias diferentes de maneira nova e interessante e as tornam comercialmente bem-sucedidas.

Embora todos nós sejamos criativos, diferimos na maneira como expressamos nossa criatividade e até que ponto a desenvolvemos. Michael Kirton criou a Teoria da Adaptação-Inovação. Ele acredita que, ao resolvermos problemas, podemos ser mais adaptativos ou mais inovadores. Pessoas que são mais adaptativas na criatividade tentam fazer as coisas melhorarem, enquanto aquelas que são mais inovadoras na criatividade buscam soluções completamente novas.

Para resolver um problema específico, digamos, o de areia fedorenta para gatos, ambos os tipos adotariam abordagens diferentes. Os mais adaptativos procuram uma solução “dentro da caixa”. Eles podem tentar criar uma cama de gato melhor, observando suas propriedades químicas, aumentando o tamanho das partículas de areia e, finalmente, adicionando uma fragrância exótica e refrescante. Por outro lado, pensadores mais inovadores podem inventar fraldas para gatos, escolas para gatos de boas maneiras ou um gato-robô.

Pensadores mais divergentes são melhores em apresentar muitas ideias diante de um problema. Depois, um pensador convergente pode examinar cada opção detalhadamente e escolher a melhor. Um experimento envolvendo um mistério de assassinato com dois grupos de estudantes mostra como a diversidade criativa funciona na prática.

Se quisermos ser mais criativos, primeiro precisamos construir um acervo de conhecimentos e memórias, buscando novas experiências sempre que possível. Só então poderemos aumentar os pontos em nosso cérebro que podemos conectar.

Clayton Christensen, da Harvard Business School, recomenda que os pais consertem as coisas em casa por conta própria. Assim, seus filhos aprendem que os problemas podem ser resolvidos por nós mesmos e de várias maneiras diferentes. Jack Matson, professor de criatividade da Penn State University, recomenda se preparar para o fracasso.

Isso nos dá uma nova perspectiva e a capacidade de assumir novos papéis. Sempre que dizemos sim, abrimos a porta para novas experiências. Ligue para sua tia excêntrica, converse com um estranho, coma com a mão esquerda ou tome um banho bem gelado.

Todas as noites, escreva o que você fez e o que aprendeu com isso.

Texto inspirado em publicação no YouTube.

Saiba Muito Mais, com Humberto Massareto

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